Carteira de carros cresce 15% e ajuda lucro da Porto Seguro
Boutros - Fonte ou Autoria é : Gazeta Mercantil
13-fev-2008

A Porto Seguro divulgou lucro líquido de R$ 419,9 milhões em 2007, alta de 11,9% em relação ao resultado obtido em 2006. A receita total do grupo chegou a R$ 5 bilhões, crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. Desse valor, prêmios de seguros representaram R$ 4,2 bilhões, evolução de 13,2%. O patrimônio líquido do grupo totalizou R$ 1,8 bilhão, com variação de 25,7%. A rentabilidade sobre o patrimônio ficou em 25,6%, 3,7 pontos percentuais abaixo de 2006.
O grande destaque do balanço da Porto Seguro ficou por conta do crescimento das vendas do seguro de automóvel, a maior carteira da companhia, com R$ 2,7 bilhões, um aumento de 15,4%, e que representa 65,2% dos negócios da empresa. Enquanto o mercado registrou evolução de apenas 2%, as vendas na Porto subiram 13,3%. A Azul Seguros, considerada a seguradora "light" do conglomerado por ofertar produtos mais enxutos em termos de serviços e consequentemente mais baratos, vendeu 32,9% mais na comparação anual.Um dado que mostra que a companhia cresceu com a conquista de consumidores e não apenas com variação do preço do seguro é a frota segurada, que passou para 1,786 milhão de veículos, 21,9% acima do número de 2006. Segundo Alexandre Peev, gerente de relações com investidores da Porto, o prêmio médio apresentou redução, passando para R$ 1,6 mil na Porto Seguro e R$ 1,09 mil na Azul. "A redução se deu pois o grupo tem crescido num ritmo mais acelerado fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, onde o risco e o preço do seguro são bem menores do que nestas duas metrópoles."A estratégia de manter a Azul para acompanhar a guerra de preços do setor, blindando a Porto Seguro, parece dar bons resultados. Até 2006, as três primeiras seguradoras de automóvel se revezavam em suas posições por diferenças de alguns reais. No final de 2007, a diferença entre elas ficou bem maior, chegando a quase R$ 1 bilhão. Segundo dados da Susep, a Porto encerrou 2007 com R$ 2,76 bilhões; a Bradesco Auto Re, com R$ 1,85 bilhão; e a SulAmérica, incluindo a Brasilveículos, com R$ 1,4 bilhão.Outros seguros de bens patrimoniais, como empresarial, condomínio e residência, por exemplo, registraram prêmios de R$ 205 milhões, alta de 28%. "Apesar de representar apenas 5% da carteira, esse segmento vem crescendo num ritmo bom e com boa rentabilidade", afirma ele.O índice combinado (faturamento menos indenizações e custo) ficou em 92,4%, com queda de 3,4 pontos percentuais em relação a 2006. De acordo com Peev, a melhora no índice foi impulsionada pela sinistralidade (prêmios ganhos menos indenizações) que caiu 4,4 pontos percentuais, para 50,7%. Em automóvel, a sinistralidade ficou ainda menor, 50%, enquanto a média do setor gira em torno de 65%.As despesas administrativas ficaram estável em 20,3% dos prêmios ganhos. Se não fosse o gasto de R$ 13 milhões com a mudança da marca do grupo, o custo administrativo teria apresentado redução, avalia Peev.[2]O resultado financeiro de seguros alcançou R$ 485,9 milhões, alta de 1,2%. A rentabilidade da carteira de investimentos da Porto chegou a 13,3%, representando 117% do CDI (certificado de depósito interfinanceiro). "O resultado sofre impactos com a mudança na taxa de juro em novembro e as perdas no mercado acionário em agosto. Se a taxa de juro voltar ao patamar que estava em meados de 2007, a carteira se recupera em razão da marcação a mercado", explica Peev.A ação ON valorizou-se 211% desde o lançamento em novembro de 2004, quando estreou cotada a R$ 18,75. No fechamento do último dia 11, chegou a R$ 59,00.

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